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Hip-hop completa 50 anos e terá homenagens em audiência

Representantes do movimento serão destacados nesta terça (19) por contribuição dada a manifestação cultural nascida nas periferias.

Manifestação cultural de luta e resistência, o hip-hop completou este ano meio século de existência e será tema de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos nesta terça-feira (19/12/23), às 16 horas, quando haverá homenagem a representantes do movimento. A reunião será realizada às 16, no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A audiência foi solicitada pela deputada Andréia de Jesus (PT), que preside a comissão. Ela é autora de projeto de lei que resultou, este ano, na Lei 24.446, que reconhece como de relevante interesse cultural do Estado a cultura urbana do hip-hop e seus elementos, o break, o grafite, o rap e o DJ.

A deputada reitera que os 50 anos do hip-hop representam um marco crucial numa jornada que define como desafiadora, “por enfrentar a histórica criminalização da cultura preta e periférica”.

“Valorizar essa cultura é essencial para dar visibilidade à expressão vocalizada e à arte de qualidade gerada pelo movimento. Isso, por sua vez, instiga a necessidade de pensar em orçamentos e apoios direcionados ao hip-hop, desmistificando e descriminalizando essa prática cultural tão poderosa e presente nas comunidades periféricas.”

A presidente da comissão também ressalta a importância da audiência, na qual mais de 200 “fazedores” da cultura hip-hop serão homenageados,  pontuando que o movimento, além de criar espaços de encontro e sociabilidade, é uma resistência ao sistema, denunciando violências cotidianas, violação de direitos e desigualdades.

 

Na avaliação da deputada, esses espaços de sociabilidade e de resistência desempenham um papel fundamental na formação crítica da juventude, fundamentando-se na consciência e impulsionando processos de transformação social, engajamento e questionamento da ordem estabelecida.

Refúgio e arte

A presidenta da Comissão de Direitos Humanos ainda destaca a importância do respeito ao hip-hop e à sua história. “Reconhecer essas cinco décadas implica afirmar que as forças de segurança não podem mais tratar aqueles que vivem e apreciam o hip-hop de maneira desrespeitosa e violenta. O movimento deve ser um refúgio seguro para nossos jovens ”, pontua a deputada.

O hip hop nasceu como cultura urbana nos Estados Unidos, nas periferias do Bronx, em Nova York, no início dos anos 1970, como forma de protesto, identidade e diversão de jovens negros e latinos que viviam nas áreas mais pobres e violentas da cidade.

Há várias fontes e relatos acerca de sua fundação, mas um marco teria sido quando o DJ jamaicano Kool Herc decidiu tocar numa festa, em 1973,  apenas os trechos instrumentais e as batidas mais fortes das canções de funk e soul, criando um ritmo contínuo e dançante.

Desde essa época, o hip hop caminhou para ser tornar o que hoje é tido como dos movimentos culturais mais influentes e expressivos da história, se consolidado como fenômeno mundial na década de 1990, alcançando paradas de sucesso e premiações importantes da indústria musical.

No Brasil, registra a história que sua chegada se deu no início dos anos de 1980, trazido por grupos de break dance que se reuniam na Galeria 24 de Maio e na estação São Bento, em São Paulo, mesma época em que chegava a Belo Horizonte.




19/12/2023 – Rádio Religare 35

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