A forte personalidade e destaque na forma de apresentar a própria imagem é algo que está altamente presente em qualquer meio artístico que seja, entretanto, sabe-se que não é apenas o necessário. Em uma recente entrevista ao Trace, o Ice Blue expressou a sua opinião sobre o assunto. “Menos é mais. Entrega de show tem que ser foda. Nada de ficar falando com DJ de costa para o povo ou não ensaiar porra nenhuma, entendeu? Não adianta andar de carro de milhão, cordão de ouro de cem mil, e não entregar nada no show.”

O rapper comentou também sobre os artistas que têm abordado as mesmas musicalidades e líricas na cena, não buscando a inovação. “Tem cara que se você catar vinte músicas, duvido se não tem ‘mina, mina, mina’. Está na mesmíssimas isso o ouvido naturalmente começa a dispensar, deixa de ser interessante. O tempo de vida das músicas de funk estão bem curtinhas”.

Recentemente tendo começado a integrar o cargo de conselheiro na GR6, Ice Blue foi imediatamente respeitado pelos jovens artistas que fazem parte da produtora, e tem diversas conversas com eles, como a forma de se comportar, entender que não basta apenas subir no palco, os detalhes gerais da carreira e saber como se comunicar para que todos gostem da sua música.

“Se sua arte chega para uma criança, já era, a longevidade é maior. ‘Boquinha da Garrafa’ era sobre sexo, mas fizeram de um jeito que a família toda cantava, e dominou as paradas”, comentou o experiente artista, que buscará aumentar o padrão até mesmo dos videoclipes dos integrantes da GR6, visando tornar os funkeiros e rappers da produtora em verdadeiras potências do gênero, em todos os aspectos.

“Às vezes o cara não entendeu que ele cresceu, que ele fez sucesso, que ele tava no zero e lançou um som, lançou dois e subiu. Quando ele chegar lá em cima, ele não consegue entender que ele é grande, mas precisa continuar trabalhando”, detalha Blue, que tem o intuito de diminuir o sucesso temporário.